O livro narra a trajetória de Werner, que vive em um orfanato na Alemanha e Marie-Laure, uma menina cega que mora em Paris. O leitor imagina que eles irão se encontrar um dia, mas minha expectativa era bem maior. Infelizmente, não posso contar mais sobre isso. :)
Sempre gostei mais de ler livros clássicos e quase nunca dava oportunidade para autores contemporâneos. Embora sinta falta de ler grandes autores da literatura mundial (neste exato momento ando querendo ler Dostoiévski por conta do filme O Idiota, de Kurosawa), tenho gostado bastante dessas novas descobertas.
"Em uma esquina da cidade, no sexto e último piso de uma construção alta e estreita- Rue Vauborel 4- , uma garota cega de dezesseis anos chamada Marie-Laure LeBlanc está de joelhos no chão, inclinada sobre uma mesa baixa inteiramente tomada por uma maquete. A miniatura reproduz a cidade dentro da qual ela está ajoelhada e contém réplicas em escala das centenas de casas, lojas e hotéis dentro de suas muralhas. Há a catedral, com seu pináculo perfurado, e o robusto e velho Château de Saint-Malo, além de filas e filas de mansões à beira-mar coroadas com chaminés. Um delgado quebra-mar de madeira se projeta em curva a partir de uma praia chamada Plage du Môle; bancos minúsculos, menores que uma semente de maçã, pontilham as pequeninas praças públicas." (p. 13)
"Ela fica escutando até que as passadas dele desaparecem. Até que os únicos ruídos que ela consegue ouvir são os suspiros de carros e o ronco de trens e os sons de todas as pessoas andando apressadas no frio." (p.526)
Fiquei morrendo de vontade conhecer Saint-Malo. Quem sabe um dia em minhas andanças!

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