"Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
- Continue, disse eu acordando.
- Já acabei, murmurou ele.
- São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou de gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom casmurro."
" E bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão estremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me..A terra lhes seja leve! Vamos à História dos Subúrbios"
"I chose not to choose life. I chose something else. And the reasons? There are no reasons."
Tuesday, September 16, 2008
Sunday, May 11, 2008
Menino- Luiz Vilela
- Striknik!
- Quê que é isso?
- É uma palavra, eu que inventei.
- Inventou pra quê?
- Pra ter uma palavra que só eu sei e os outros não.
- “Márcio, você está demorando, menino; anda, vem almoçar.”
- Você está com as mãos sujas, não te falei pra não comer assim? Levanta, vai lavar.
- Striknik!
- Quê que é isso? Pare de fazer esses barulhos bobos.
O menino viu o passarinho na árvore, assobiou, o passarinho respondeu; o menino chegou mais perto da janela.
“Olha as horas, quer perder a escola? Lava logo essas mãos.”
Fez uma careta no espelho: sou feio, sou cabeludo, sou o lobisomem, vou comer todo mundo, inhaaau, sou o lobo mau, para que esses olhos tão grandes? Para melhor te ver; para que esses braços tão compridos? Para melhor te abraçar; e para que esses dentes tão agudos?
- Não quer mais não.
- Por quê?
- Tou sem fome.
- Come esse resto aí, você não comeu nada, vai ser assim agora todo dia? Quer virar um palito?
- Quero.
- Toma! Respondão! Domingo você não vai na matinê, viu? Aprender a não responder a sua mãe. Mal educado.
Tom correndo atrás de Jerry e os dois lutando de espada na torre do castelo e o outro ratinho chegando por trás socando a ponta de um alfinete em Tom e Tom dando um berro e a turma toda rindo e as balinhas passando de mão em mão e depois a volta pelo Parque brincando de pegar correndo entre as árvores e gente e gritaria e os passarinhos no viveiro e os peixes no lago e sorvete e pipoca.
- Então não vou na escola também, pronto.
- Não? Sabidinho; quer levar umas palmadas? Você está ficando atrevido, hem?
Os ônibus iam com velocidade, voando, quase deitavam na hora de fazer a curva.
Tchum: pá! Pronto. Estraçalhado lá no chão, sangue e miolo pra todo lado, a cabeça esmagada. Coitado, ele era um menino tão bom. Iam ver.
- Quando se iniciou a guerra do Paraguai?
- Mil oitocentos e ...
- E...
- Noventa.
- Noventa?
- Noventa e cinco.
- Não é não, Senhor Márcio.
Silêncio e medo na sala.
- Você sabia que eu marquei esse ponto para casa?
- Sabia.
- Sabia?...
- Sabia sim senhor.
- Ah; sabia sim senhor; agora melhorou. E por que você não estudou?
- Eu estudei.
- Já disse que não tolero alunos mentirosos.
- Eu não estou mentindo.
- Se você estudou, então por que você não soube nada até agora?
- Porque eu esqueci.
- Esqueceu?...Sabe quê eu faço com alunos que esquecem?...
- Não.
- Como é que é?...
- Não, senhor.
- Eu dou uma bolinha, uma daquelas bolinhas redondinhas na caderneta; sabe quê que é isso?
- Não.
- Responda com educação, seu malcriado! Sua mãe não te deu educação em casa não?
- Vá à merda.
- O quê?...
Não devo desrespeitar os meus mestres.
Não devo desrespeitar os meus mestres.
Não devo desrespeitar os meus mestres.
O pátio escuro e sem ninguém: sentou-se debaixo da mangueira, e seus olhos estufaram de choro.
Iam ver, ia ficar ali até de noitão, pensariam que um ônibus daqueles tinha pegado ele, procurariam na cidade, na casa dos outros, telefonariam, ficariam aflitos, chorariam, teriam saudades dele, iam ver. Sua mãe não te deu educação, não? Zero, no fim do ano bomba. A mão traçando calmamente na caderneta, os olhos rindo, a boca má. Se você estudou, então por que você não soube nada até agora? È porque tinha esquecido mesmo, não estava mentindo, tinha estudado sim, tinha estudado tudo, todos os pontos, sabia tudo, do primeiro ao último.
Sentou-se no meio-fio, desanimado de voltar para casa, as mão segurando a cabeça, os livros largados no chão.
Zuuummmmmmmm vup!
Zuuummmmmmmm vup!
Os faróis saltavam na esquina, vinham doidos, cegando-o, os ônibus deitavam na curva quase em cima dele.
Quê que você estava fazendo até essa hora na rua? Já não te falei pra vir logo pra casa? Onde você foi? Aposto que estava andando com algum moleque por aí. Tenho de repetir quantas vezes? Não adianta te pôr de castigo? Você não aprende? Será que você não tem mesmo jeito?
- E aí?
- Ele me pôs de castigo depois da aula, copiando linhas.
- Por causa do zero?
- Não.
- Por quê?
- Porque eu respondi a ele.
- Você respondeu a ele, meu filho? Por que você respondeu a ele?
- Ele falou que eu não tinha estudado. Eu tinha.
- E precisa responder a ele por causa disso?
- Ele falou que a senhora não me dá educação. Não gosto que os outros falem assim.
A mãe suspirou.
- Vai tomar o banho; eu vou esquentar sua comida.
- Mãe...
- O quê?
- Não vou voltar na escola mais não.
- Por quê?
- Não quero gastar à toa o dinheiro do Papai.
A mãe o olhou, compreensiva.
- Você tem que estudar, bem...
- Eu estudei, a senhora não viu eu estudando?
- Então como que você ganhou zero?
- Porque eu respondi errado.
- Mas você não sabia?
- Sabia.
- Tudo o que ele perguntou lá você sabia?
- Sabia.
_ E por que você não respondeu certo?
- Porque eu esqueci.
- Mas esqueceu por quê?
- Por quê? Porque eu não lembrei, uai.
A mãe suspirou.
- Vai; vai tomar o banho.
O menino foi andando devagarinho. Encostou o rosto na parede fria.
- Mãe...
- O quê?
- Eu sou um mau filho?...
- Mau filho? Não, de jeito nenhum; você é um menino meio levado, mas não um mau filho, isso não; por quê?
- Porque eu acho que eu sou...
- Não é não- a mãe engoliu apertado. – Você sai com umas coisas...
O menino correu e saltou na quina da banheira.
- Striknik! Striknik!
VILELA, Luiz. Contos da Infância e da adolescência. 2º ed. – São Paulo: Ática, 2005.
- Quê que é isso?
- É uma palavra, eu que inventei.
- Inventou pra quê?
- Pra ter uma palavra que só eu sei e os outros não.
- “Márcio, você está demorando, menino; anda, vem almoçar.”
- Você está com as mãos sujas, não te falei pra não comer assim? Levanta, vai lavar.
- Striknik!
- Quê que é isso? Pare de fazer esses barulhos bobos.
O menino viu o passarinho na árvore, assobiou, o passarinho respondeu; o menino chegou mais perto da janela.
“Olha as horas, quer perder a escola? Lava logo essas mãos.”
Fez uma careta no espelho: sou feio, sou cabeludo, sou o lobisomem, vou comer todo mundo, inhaaau, sou o lobo mau, para que esses olhos tão grandes? Para melhor te ver; para que esses braços tão compridos? Para melhor te abraçar; e para que esses dentes tão agudos?
- Não quer mais não.
- Por quê?
- Tou sem fome.
- Come esse resto aí, você não comeu nada, vai ser assim agora todo dia? Quer virar um palito?
- Quero.
- Toma! Respondão! Domingo você não vai na matinê, viu? Aprender a não responder a sua mãe. Mal educado.
Tom correndo atrás de Jerry e os dois lutando de espada na torre do castelo e o outro ratinho chegando por trás socando a ponta de um alfinete em Tom e Tom dando um berro e a turma toda rindo e as balinhas passando de mão em mão e depois a volta pelo Parque brincando de pegar correndo entre as árvores e gente e gritaria e os passarinhos no viveiro e os peixes no lago e sorvete e pipoca.
- Então não vou na escola também, pronto.
- Não? Sabidinho; quer levar umas palmadas? Você está ficando atrevido, hem?
Os ônibus iam com velocidade, voando, quase deitavam na hora de fazer a curva.
Tchum: pá! Pronto. Estraçalhado lá no chão, sangue e miolo pra todo lado, a cabeça esmagada. Coitado, ele era um menino tão bom. Iam ver.
- Quando se iniciou a guerra do Paraguai?
- Mil oitocentos e ...
- E...
- Noventa.
- Noventa?
- Noventa e cinco.
- Não é não, Senhor Márcio.
Silêncio e medo na sala.
- Você sabia que eu marquei esse ponto para casa?
- Sabia.
- Sabia?...
- Sabia sim senhor.
- Ah; sabia sim senhor; agora melhorou. E por que você não estudou?
- Eu estudei.
- Já disse que não tolero alunos mentirosos.
- Eu não estou mentindo.
- Se você estudou, então por que você não soube nada até agora?
- Porque eu esqueci.
- Esqueceu?...Sabe quê eu faço com alunos que esquecem?...
- Não.
- Como é que é?...
- Não, senhor.
- Eu dou uma bolinha, uma daquelas bolinhas redondinhas na caderneta; sabe quê que é isso?
- Não.
- Responda com educação, seu malcriado! Sua mãe não te deu educação em casa não?
- Vá à merda.
- O quê?...
Não devo desrespeitar os meus mestres.
Não devo desrespeitar os meus mestres.
Não devo desrespeitar os meus mestres.
O pátio escuro e sem ninguém: sentou-se debaixo da mangueira, e seus olhos estufaram de choro.
Iam ver, ia ficar ali até de noitão, pensariam que um ônibus daqueles tinha pegado ele, procurariam na cidade, na casa dos outros, telefonariam, ficariam aflitos, chorariam, teriam saudades dele, iam ver. Sua mãe não te deu educação, não? Zero, no fim do ano bomba. A mão traçando calmamente na caderneta, os olhos rindo, a boca má. Se você estudou, então por que você não soube nada até agora? È porque tinha esquecido mesmo, não estava mentindo, tinha estudado sim, tinha estudado tudo, todos os pontos, sabia tudo, do primeiro ao último.
Sentou-se no meio-fio, desanimado de voltar para casa, as mão segurando a cabeça, os livros largados no chão.
Zuuummmmmmmm vup!
Zuuummmmmmmm vup!
Os faróis saltavam na esquina, vinham doidos, cegando-o, os ônibus deitavam na curva quase em cima dele.
Quê que você estava fazendo até essa hora na rua? Já não te falei pra vir logo pra casa? Onde você foi? Aposto que estava andando com algum moleque por aí. Tenho de repetir quantas vezes? Não adianta te pôr de castigo? Você não aprende? Será que você não tem mesmo jeito?
- E aí?
- Ele me pôs de castigo depois da aula, copiando linhas.
- Por causa do zero?
- Não.
- Por quê?
- Porque eu respondi a ele.
- Você respondeu a ele, meu filho? Por que você respondeu a ele?
- Ele falou que eu não tinha estudado. Eu tinha.
- E precisa responder a ele por causa disso?
- Ele falou que a senhora não me dá educação. Não gosto que os outros falem assim.
A mãe suspirou.
- Vai tomar o banho; eu vou esquentar sua comida.
- Mãe...
- O quê?
- Não vou voltar na escola mais não.
- Por quê?
- Não quero gastar à toa o dinheiro do Papai.
A mãe o olhou, compreensiva.
- Você tem que estudar, bem...
- Eu estudei, a senhora não viu eu estudando?
- Então como que você ganhou zero?
- Porque eu respondi errado.
- Mas você não sabia?
- Sabia.
- Tudo o que ele perguntou lá você sabia?
- Sabia.
_ E por que você não respondeu certo?
- Porque eu esqueci.
- Mas esqueceu por quê?
- Por quê? Porque eu não lembrei, uai.
A mãe suspirou.
- Vai; vai tomar o banho.
O menino foi andando devagarinho. Encostou o rosto na parede fria.
- Mãe...
- O quê?
- Eu sou um mau filho?...
- Mau filho? Não, de jeito nenhum; você é um menino meio levado, mas não um mau filho, isso não; por quê?
- Porque eu acho que eu sou...
- Não é não- a mãe engoliu apertado. – Você sai com umas coisas...
O menino correu e saltou na quina da banheira.
- Striknik! Striknik!
VILELA, Luiz. Contos da Infância e da adolescência. 2º ed. – São Paulo: Ática, 2005.
Thursday, May 01, 2008
O homem da cabeça de papelão- João do Rio
"No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.
O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os proprietários também. Havia milhares de automóveis à disparada pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarets fatigados, jornais, tramways, partidos nacionalistas, ausência de conservadores, a Bolsa, o Governo, a Moda, e um aborrecimento integral. Enfim tudo quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma grande cidade com pretensões da América. E o povo que a habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do País do Sol, a cidade seria a capital do Bom Senso!"
"— Pode ser que V., profissionalmente, tenha razão. Mas, para mim, a verdade é a dos outros, que sempre a julgaram desarranjada e não regulando bem. Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra. Fique V. com ela. Eu continuo com a de papelão.
E, em vez de viver no País do Sol um rapaz chamado Antenor, que não conseguia ser nada tendo a cabeça mais admirável — um dos elementos mais ilustres do País do Sol foi Antenor, que conseguiu tudo com uma cabeça de papelão."
O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os proprietários também. Havia milhares de automóveis à disparada pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarets fatigados, jornais, tramways, partidos nacionalistas, ausência de conservadores, a Bolsa, o Governo, a Moda, e um aborrecimento integral. Enfim tudo quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma grande cidade com pretensões da América. E o povo que a habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do País do Sol, a cidade seria a capital do Bom Senso!"
"— Pode ser que V., profissionalmente, tenha razão. Mas, para mim, a verdade é a dos outros, que sempre a julgaram desarranjada e não regulando bem. Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra. Fique V. com ela. Eu continuo com a de papelão.
E, em vez de viver no País do Sol um rapaz chamado Antenor, que não conseguia ser nada tendo a cabeça mais admirável — um dos elementos mais ilustres do País do Sol foi Antenor, que conseguiu tudo com uma cabeça de papelão."
Sunday, January 06, 2008
Grande Sertão: Veredas

"- Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser - se viu-; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram- era o demo. Povo prascóvio. Mataram. Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas...Olhe: quando tiro é de verdade, primeio a cachorrada pega a latir, instantaneamente- depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucúia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então, o aqui não é dito sertão? Ah, mas tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucúia vem dos montões oestes. Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá- fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães..o sertão está em toda parte."
"Cerro. O senhor vê. Contei tudo. Agora estou aqui, quase barranqueiro. Para a velhice vou, com ordem e trabalho. Sei de mim? Cumpro. O Rio de São Francisco- que de tão grande se comparece- parece é um pau grosso, em pé, enorme...Amável o senhor me ouviu, minha idéia confirmou: que o diabo não existe. Pois não? O senhor é um homem soberano, circunspecto. Amigos somos. Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for...Existe é homem humano. Travessia."
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